terça-feira, 27 de abril de 2010

A QuidNovi na Feira do Livro de Lisboa

A QuidNovi estará no stand n.º C 08 (do lado direito de quem sobe), onde irão decorrer diversas sessões de autógrafos. Haverá também o lançamento de Monstro, de Catarina Araújo, e uma apresentação de A Felicidade, do escritor catalão Lluís-Anton Baulenas. Aqui ficam as datas e esperamos a vossa visita!

LANÇAMENTOS E APRESENTAÇÕES
(na Praça Azul – Central)

2 de Maio, Domingo, às 16h – lançamento de Monstro, de Catarina Araújo, primeiro volume da nova série A Guerra das Sombras. O livro será apresentado pelo escritor João Barreiros.

15 de Maio, Sábado, às 18h – apresentação de A Felicidade, com a presença do autor, o escritor catalão Lluís-Anton Baulenas. A apresentação estará a cargo do jornalista Rui Lagartinho.

SESSÕES DE AUTÓGRAFOS
(no stand da editora – n.º C 08)

1 de Maio, Sábado, às 16h – Clara Azevedo e Luís Chimeno autografam a obra Doce Lisboa.

1 de Maio, Sábado, às 18h – Álvaro Magalhães autografa a série juvenil Os Invisíveis.

2 de Maio, Domingo, às 17:30h – sessão de autógrafos da série O Diário do Micas, com a autora Patrícia Reis e o próprio Micas.

8 de Maio, Sábado, às 16h – Miguel Real autografará os seus ensaios e romances, entre os quais o mais recente Memórias de Branca Dias, e terá a companhia de Maria Antonieta Preto, que irá autografar o seu livro de contos A Ressurreição da Água.

8 de Maio, Sábado, às 17:30h – Nova presença de Patrícia Reis e Micas, que autografam a série O Diário do Micas.

9 de Maio, Domingo, às 18h – Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes autografam a obra Portugal e a Grande Guerra.

15 de Maio, Sábado, às 16h – Nova presença de Miguel Real e Maria Antonieta Preto, desta vez acompanhados ainda por Paulo Moreiras, autor de Os Dias de Saturno.

15 de Maio, Sábado, às 17:30h – sessão de autógrafos de João Malheiro, autor de diversos livros sobre futebol, entre os quas Império Vermelho e Crónicas de Futebol e Bem Dizer 2.

16 de Maio, Domingo, às 16h – Isabel Barata autografa o livro Unidos no Amor Contra a Indiferença.

16 de Maio, Domingo, às 17:30h – Fátima Sousa autografa o livro O Jardim Mágico, ilustrado por Manel Cruz, que também estará presente. Também o autor da série infantil Contos Sonhados em PortuguêsCésar Madureira – estará presente, bem como os ilustradores da mesma: André Letria e Manel Cruz.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Está confirmada a presença na Feira do Livro de Lisboa do autor catalão Lluís-Anton Baulenas

Barcelona, 1909. Todas as noites, no Teatro Soriano, Nonnita executa o seu número de variedades nadando praticamente nua com uma foca. O italiano por quem se apaixonou e de quem espera um filho desapareceu de repente sem deixar rasto; e, todas as noites, no regresso a casa, os seus mortos vêm consolá-la e dar-lhe forças. Mas a cidade está a sofrer uma transformação radical, com demolições em massa no seu bairro e bombas anarquistas que todos os dias fazem ir qualquer coisa pelos ares; e Nonnita está a ficar cansada de lutar… Eis senão quando aparece no teatro Demi Gambús, o sucessor de uma longa linhagem de ladrões de casaca, para assistir ao espectáculo. Será que Nonnita lhe vai conseguir cobrar a felicidade que um dia ele lhe roubou?

A Felicidade, na linha de A Sombra do Vento, é um romance admirável de amor e ódio, dúvida e descoberta, esperança e desforra. Na Barcelona primorosamente recriada por Lluís-Anton Baulenas, circulam saltimbancos, oportunistas, activistas políticos e jovens que saíram das aldeias em busca da sobrevivência na cidade grande, cujas pequenas histórias anónimas constroem, afinal, a História com H grande. E, à medida que as páginas vão avançando – como referiu o jornal El País –, o leitor consegue sentir a ilusão de que, sim, agora é feliz.

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Lluís-Anton Baulenas nasceu em Barcelona em 1958. É romancista e dramaturgo, tendo-se dedicado exclusivamente à escrita a partir dos 29 anos. Publicou romances, livros de contos e peças de teatro, pelos quais recebeu muitos prémios literários, incluindo o prémio Ramon Llull de romance, o mais alto galardão das letras catalãs. As suas obras estão traduzidas em várias línguas.

Trabalhou igualmente como guionista de cinema e tradutor de teatro. Colabora regularmente na imprensa, nomeadamente nas publicações El País, El Periòdic de Catalunya, La Vanguardia e Avui.

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O autor estará em Lisboa, no último fim-de-semana da Feira do Livro, para apresentar A Felicidade.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Próximo lançamento: Portugal e a Grande Guerra

Em termos simples, podemos dizer que a 1ª Guerra Mundial é um componente do período longo de conflitos globais do século XX (1914-1945), que marca a transição da hegemonia inglesa para a americana. No período posterior às Guerras Napoleónicas (depois de 1815) criou-se um sistema unipolar de hegemonia britânica, que vigorou até ao último quartel do século XIX. A Inglaterra era o coração da revolução industrial que transformava o mundo, e Londres era o centro financeiro, económico, militar e tecnológico do planeta. No último quartel do século XIX esta situação começa a mudar rapidamente, por efeito daquilo a que muitos autores chamam 3ª revolução industrial, marcada pelo desenvolvimento da electricidade, dos combustíveis líquidos, do motor de explosão e da indústria química. A Inglaterra, que era a primeira economia mundial em 1860, passava já para terceiro lugar em 1905, numa transição entre uma economia mundial com um só poder de primeira ordem (a Inglaterra), para outra com três (Estados Unidos da América, Alemanha e Inglaterra). Do mesmo modo, houve importantes ajustamentos nos poderes de segunda ordem, com economias como a da França e da Itália em queda e outras, como a da Rússia e do Japão, em pujante desenvolvimento. É esta vaga de fundo que está na origem da revisão dos valores da vivência internacional e de graves crises de alteração do equilíbrio global e regional.

ANICETO AFONSO

Tenente-coronel do Exército, na reserva desde 1985; Curso da Academia Militar em 1963; Comissões em Angola (1969-1971) e Moçambique (1973-1975); Licenciatura em História pela Faculdade de Letras de Lisboa em 1980; Mestrado em História Contemporânea de Portugal pela mesma Faculdade em 1990; Professor de “História Militar” na Academia Militar de 1982 a 1985; e a partir de 1999; Director do Arquivo Histórico Militar (Lisboa) desde 1993; Membro da Comissão Portuguesa de História Militar desde 1998.

CARLOS DE MATOS GOMES

Nasceu a 24 de Julho de 1946 em Vila Nova da Barquinha. Durante a guerra colonial cumpriu comissões em Moçambique, Angola e Guiné. É actualmente coronel na situação de reserva. Como romancista, com o pseudónimo de Carlos Vale Ferraz, publicou, os romances Nó Cego, ASP - De Passo Trocado, Soldadó, entre outros. Foi autor do argumento do filme Portugal SA. É co-autor, com Aniceto Afonso, das obras Guerra Colonial e Portugal e a Grande Guerra e com Fernando Farinha, da obra Repórter de Guerra. É autor da obra Nó Górdio – Moçambique 1970.


O livro terá uma sessão de lançamento no dia 28 de Abril (quarta-feira), pelas 18 horas, no Museu Militar em Lisboa. A apresentação ficará a cargo do General António Martins Barrento.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Apresentação de Unidos no Amor Contra a Indiferença em Beja

No próximo dia 14 de Abril, quarta-feira, pelas 18 horas, será apresentado no Auditório do Instituto Politécnico de Beja, o livro Unidos no Amor Contra a Indiferença, de Isabel Barata e Manuel Matos.

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Unidos no Amor Contra a Indiferença é um testemunho poderoso de dois seres humanos que não se rendem ao imobilismo próprio, e sobretudo ao alheio, e que não desistem de “querer a lua”.

Uma história de amor:

Isabel Barata, 42 anos, economista, reformada por invalidez devido ao agravamento de uma osteogénese imperfeita, empenhada e activa, desde 1992, na área do voluntariado e do desenvolvimento pessoal.

Manuel Matos, 54 anos, licenciado em Germânicas, professor do ensino secundário durante 28 anos, reformado devido ao agravamento de uma doença neuromuscular severa e congénita, escritor, tradutor, co-fundador da Associação Portuguesa de doentes Neuromusculares.

Conheceram-se à distância, através de palavras, de poemas, de livros. Encontraram-se e apaixonaram-se, como milhares de pessoas, todos os dias, em todo o mundo, aspiraram a viver juntos – eis uma história simples.

Uma história de acção:

Manuel Matos nunca chegou a andar. Desde criança se habituou a ouvir dizer que “não podia querer a Lua”, mas nunca aceitou que ela estivesse fora do seu alcance. Fez coisas, lutou por coisas, conseguiu coisas, teve uma vida profissional activa e de sucesso, viajou, teve uma juventude, teve amigos, teve discípulos. Recusou-se a aceitar que não tinha direito a uma vida afectiva, a uma vida amorosa, a viver a sua sexualidade como qualquer ser humano. Apaixonou-se, encontrou finalmente a sua “alma gémea”, lutou por esse encontro, por essa vida, por esse amor.

Isabel Barata teve uma infância e uma juventude activa e normal, à excepção das cirurgias correctivas a que teve de se submeter desde criança. Após uma queda acidental viu a sua condição física agravar-se até ao ponto de ir perdendo a sua preciosa autonomia. Impedida de ter um emprego normal, vira-se para o voluntariado em IPSS e para a área do desenvolvimento pessoal. O caminho faz-se caminhando e por várias maneiras, e Isabel não pára nem se entrega. Apaixonou-se, encontrou finalmente a sua “alma gémea”, lutou por esse encontro, por essa vida, por esse amor – em seu nome reivindicou uma parte da autonomia perdida e viajou sozinha, todos os meses, de Lisboa ao Porto e volta, para estar com o Manuel.

Um grito de dignidade:

Unidos no Amor Contra a Indiferença é um grito de dignidade: uma obra subversiva na nossa sociedade acomodada e formatada, onde a diferença é tolerada desde que se comporte dentro de certos padrões e não pretenda, com é apontado constantemente a um dos autores do livro “agarrar a Lua”.

É uma história de dois concidadãos nossos – um professor e uma economista — que se recusaram a ser emocionalmente “deficientes” e a aceitar a recusa que lhes foi imposta de construírem um futuro a dois.

O futuro comum já não existe – uma vez que o Manuel Matos faleceu durante o processo de produção do livro – mas o seu último projecto em conjunto, aquele em que trabalharam e que acarinharam como veículo para fazer chegar ao mundo a mensagem da sua luta por direitos fundamentais e da sua luta pela visibilidade enquanto elementos válidos, produtivos e necessários à saúde e ao funcionamento da sociedade como um todo aqui está, prestes a tornar-se realidade com os lançamentos já programados para o Porto e para Lisboa e com a saída para as livrarias.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Alon Hilu estará no festival LeV - Literatura em Viagem

Alon Hilu (n. 1972, Jafa), um dos mais interessantes escritores israelitas da actualidade, estará em Portugal para participar no LeV – Literatura em Viagem 2010, que decorrerá entre 17 e 20 de Abril em Matosinhos. Hilu vai participar na mesa “Viajar prolonga a vida”, no dia 19, com José Rentes de Carvalho, Alexandra Lucas Coelho e Mónica Marques; a moderação ficará a cargo de Rosa Alice Branco.



No final de 2009, a QuidNovi publicou, de Alon Hilu, o romance A Casa Dajani, vencedor do mais importante prémio literário israelita, o Prémio Sapir, que lhe viria a ser retirado pouco tempo depois, por alegado conflito interesses na constituição do júri. A polémica rebentou, levantando a suspeita de que havia motivos políticos por detrás dos motivos publicamente anunciados aquando da decisão.
A Casa Dajani é uma fascinante obra de ficção, cuja acção se desenrola em Jafa em 1895, construída a partir de dois diários fictícios, que se vão entrecruzando ao longo do livro: o de Salah Dajani, um estranho rapazinho muçulmano que não tem amigos e gosta de escrever contos e poemas, e o de Haim Margaliot Kalvarisky, um dos primeiros judeus que começam a chegar a esta terra prometida, em busca de terra fértil.
Se ao início Kalvarisky parece ser o milagroso anjo que cura o jovem Salah da sua permanente melancolia e a Casa Dajani da ruína, à medida que o tempo vai passando as coisas mudam de figura. Kalvarisky envolve-se com a senhora Dajani, cujo marido morre, e começa a tomar conta de toda a propriedade. Salah tem visões proféticas de uma grande guerra que expulsará os muçulmanos daquela terra. A tensão vai crescendo gradualmente através da voz destas duas personagens, nas quais o leitor aprenderá a não confiar, porque, como qualquer pessoa, eles podem mentir.

Alon Hilu nasceu em Jafa, em 1972, filho de pais naturais de Damasco, e vive actualmente em Telavive com a sua família. É bacharel em Direito pela Universidade de Telavive, onde acabou por licenciar-se em Arte do Teatro com uma especialização em Escrita Dramática.
Depois de várias obras para teatro, estreou-se na ficção com um romance histórico intitulado Death of a Monk, vencedor do Prémio Presidencial Israelita para um romance de estreia em 2006 e do Prémio da Presidência do Estado de Israel em 2008. Foi finalista do prestigiado prémio Sapir em 2005, que viria a vencer em 2009 com o segundo romance, A Casa Dajani. Ambas as obras estão traduzidas em diversas línguas.