terça-feira, 20 de abril de 2010

Próximo lançamento: Portugal e a Grande Guerra

Em termos simples, podemos dizer que a 1ª Guerra Mundial é um componente do período longo de conflitos globais do século XX (1914-1945), que marca a transição da hegemonia inglesa para a americana. No período posterior às Guerras Napoleónicas (depois de 1815) criou-se um sistema unipolar de hegemonia britânica, que vigorou até ao último quartel do século XIX. A Inglaterra era o coração da revolução industrial que transformava o mundo, e Londres era o centro financeiro, económico, militar e tecnológico do planeta. No último quartel do século XIX esta situação começa a mudar rapidamente, por efeito daquilo a que muitos autores chamam 3ª revolução industrial, marcada pelo desenvolvimento da electricidade, dos combustíveis líquidos, do motor de explosão e da indústria química. A Inglaterra, que era a primeira economia mundial em 1860, passava já para terceiro lugar em 1905, numa transição entre uma economia mundial com um só poder de primeira ordem (a Inglaterra), para outra com três (Estados Unidos da América, Alemanha e Inglaterra). Do mesmo modo, houve importantes ajustamentos nos poderes de segunda ordem, com economias como a da França e da Itália em queda e outras, como a da Rússia e do Japão, em pujante desenvolvimento. É esta vaga de fundo que está na origem da revisão dos valores da vivência internacional e de graves crises de alteração do equilíbrio global e regional.

ANICETO AFONSO

Tenente-coronel do Exército, na reserva desde 1985; Curso da Academia Militar em 1963; Comissões em Angola (1969-1971) e Moçambique (1973-1975); Licenciatura em História pela Faculdade de Letras de Lisboa em 1980; Mestrado em História Contemporânea de Portugal pela mesma Faculdade em 1990; Professor de “História Militar” na Academia Militar de 1982 a 1985; e a partir de 1999; Director do Arquivo Histórico Militar (Lisboa) desde 1993; Membro da Comissão Portuguesa de História Militar desde 1998.

CARLOS DE MATOS GOMES

Nasceu a 24 de Julho de 1946 em Vila Nova da Barquinha. Durante a guerra colonial cumpriu comissões em Moçambique, Angola e Guiné. É actualmente coronel na situação de reserva. Como romancista, com o pseudónimo de Carlos Vale Ferraz, publicou, os romances Nó Cego, ASP - De Passo Trocado, Soldadó, entre outros. Foi autor do argumento do filme Portugal SA. É co-autor, com Aniceto Afonso, das obras Guerra Colonial e Portugal e a Grande Guerra e com Fernando Farinha, da obra Repórter de Guerra. É autor da obra Nó Górdio – Moçambique 1970.


O livro terá uma sessão de lançamento no dia 28 de Abril (quarta-feira), pelas 18 horas, no Museu Militar em Lisboa. A apresentação ficará a cargo do General António Martins Barrento.

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